Outro caso recente de sequestro internacional de criança, de repercussão internacional foi o do austríaco Sascha Zanger. Sua filha, Sophie, de 4 anos, morreu em 19/06/2009, no Rio de Janeiro, uma semana após ser internada com trauma cranioencefálico e hematomas pelo corpo. A tia da criança, Geovana dos Santos, de 42 anos, e a filha dela, Lílian dos Santos, de 21 anos, foram indiciadas por crime de tortura seguido de morte.
Depois de um mês no Brasil, no final de julho Zanger embarcou de volta para Viena, capital da Áustra, sem conseguir levar para casa o filho R., de 12 anos, ou liberar o corpo da filha para ser enterrado.
Na época, ele se disse "muito decepcionado". “Meu grande erro foi confiar na Justiça brasileira. Hoje, me culpo por não ter tirado minhas crianças à força daqui, colocado em um carro e ter parado só no Uruguai ou na Argentina e de lá para a Áustria. Assim minha filha estaria viva hoje”, disse.
A mãe das crianças, Maristela dos Santos Leite, tem problemas psiquiátricos e está internada. Segundo Zanger, ela já estava doente quando veio com os filhos da Áustria, em janeiro de 2008, sem o consentimento dele, para morar com a irmã Geovana.
Maristela acusou Zanger de abuso sexual das crianças, fato que pai e filho negam, mas isso fez com que a Justiça mantivesse as crianças no Brasil, dando a guarda delas provisoriamente a Geovana.
Ao se despedirem, no aeroporto, pai e filho disseram esperar um reencontro para agosto, pois Zanger quer que R. retome as aulas no começo de setembro, quando se inicia o ano letivo austríaco. A batalha continua.
http://www.youtube.com/watch?v=GFWPS1civWg
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Sophie Zanger, o sequestro de criança estrangeira que não teve final feliz
Duas crianças austríacas foram trazidas pela mãe Maristela dos Santos, de 42 anos, sem a autorização do ex-marido, o austríaco Sascha Zanger, de 40, em Janeiro de 2008, para o Rio de Janeiro, Brasil.
Maristela foi morar com a irmã, Geovana, que a expulsou de casa em dezembro de 2008 e ficou com a guarda provisória das crianças. Há um ano e meio o austríaco Sascha Zanger tentava com o auxilio do Consulado da Áustria obter a guarda das crianças na Justiça brasileira.
No dia 12 de junho de 2009, Sophie Zanger deu entrada, em coma , na Unidade de Pronto Atendimento de Santa Cruz com um ferimento na cabeça. A criança morreu uma semana depois no Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal, o corpo dela estava com vários hematomas produzidos em datas diferentes.
"Sophie chegou ao hospital pesando 14 kg . Estava totalmente desnutrida e com marcas de agressão no corpo. Não acredito que ela tenha caído e sofrido traumatismo craniano. É um caso muito complicado", afirmou o advogado.
Zamariola ainda disse que com a aparição da mãe da vítima, um acordo poderá ser feito para o retorno do filho de 12 anos à Áustria.
A polícia investiga possiveis agressão por parte de familiares brasileiros. Segundo o advogado do austríaco, Ricardo Zamariola, há suspeitas de que a criança tenha sido espancada e não que tenha levado um tombo como familiares [tia e prima] informaram aos médicos no dia do atendimento no hospital. O irmão dela, R., de 12 anos, também tinha marcas de agressões nos braços, segundo o IML.
As tias, suspeitas de maus tratos às crianças negam as acusações e dizem que Sophie caiu no banheiro.
Disputa judicial
Sasha Zanger, afirma que tenta reaver a guarda dos filhos e levá-los para a Áustria desde que a mãe deixou o país. Maristela Santos foi localizada pelos advogados do austríaco em março de 2008, na casa da irmã que é suspeita de agredir a menina. Em fevereiro de 2009, a tia da vítima conseguiu na Justiça a guarda das crianças.
Com a mãe desaparecida e as suspeitas de que a menina estava sendo agredida pela tia e por uma prima de 21 anos, a Justiça transferiu a guarda das crianças para a mãe adotiva de Maristela dos Santos, Anayá Rocha.
Falsa acusação de abuso sexual
Segundo a polícia, a mãe adotiva de Maristela dos Santos, Anayá Rocha afirmou que na chegada da filha ao Brasil, a família e os amigos dificultavam o contato das crianças com o austríaco, porque ele foi acusado pela ex-mulher de abusar sexualmente do filho, o que o pai nega.
"Temos que avaliar bem o caso. O próprio menino acusou ele [Sasha Zanger] de abuso sexual no início das investigações. Agora a criança diz que foi ela quem agrediu a irmã e não a tia e a prima", disse o advogado do austríaco.
Não é muito esclarecer que falsa denúncia de abuso sexual, para afastar pais do convívio dos filhos, tem sido uma constante no judiciário fluminense. Mediante a denúncia o pai é afastado sumariamente do convívio com o filho e em muitos casos é destituído do poder familiar, sem que as acusações restem comprovadas.
A mãe da vitima, Maristela, disse sofrer de problemas mentais, aparentando estar lúcida e disposta a colaborar com as investigações, conforme informou o delegado titular da delegacia de Santa Cruz, Aguinaldo Ribeiro da Silva.
A genitora da vitima admitiu a falsa acusação de abuso sexual para afastar o pai dos filhos.
Sascha Zanger culpa a Justiça brasileira pela morte da filha, uma vez que as crianças foram trazidas para o Brasil sem sua permissão e a justiça não tomou providência para fazer cumprir a convenção de Haia.
No inquérito que apurou a morte de Sophie houve o indiciamento da tia e a prima da vitima Geovana dos Santos, de 42 anos, e a filha dela, Lílian dos Santos, de 21 anos.
A Justiça Federal autorizou que o pai de Sophie, retirasse o corpo da filha do Instituto Médico Legal e realizasse o traslado para a Áustria, onde ocorrerá o funeral.
Uma terceira criança, de 11 anos, também estaria sofrendo maus tratos na casa de Giovana, que já foi pichada com as palavras ‘assassina’ e ‘covardia’. A avó da menina esteve nesta terça na delegacia e disse que ela estaria sob cárcere privado desde os 4 anos. O delegado afirmou desconhecer o caso.
A Folha Online não conseguiu contato com a família acusada de agredir a menina de 4 anos. A reportagem também não teve acesso ao processo sobre o caso, que corre em segredo de Justiça.
Maristela foi morar com a irmã, Geovana, que a expulsou de casa em dezembro de 2008 e ficou com a guarda provisória das crianças. Há um ano e meio o austríaco Sascha Zanger tentava com o auxilio do Consulado da Áustria obter a guarda das crianças na Justiça brasileira.
No dia 12 de junho de 2009, Sophie Zanger deu entrada, em coma , na Unidade de Pronto Atendimento de Santa Cruz com um ferimento na cabeça. A criança morreu uma semana depois no Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal, o corpo dela estava com vários hematomas produzidos em datas diferentes.
"Sophie chegou ao hospital pesando 14 kg . Estava totalmente desnutrida e com marcas de agressão no corpo. Não acredito que ela tenha caído e sofrido traumatismo craniano. É um caso muito complicado", afirmou o advogado.
Zamariola ainda disse que com a aparição da mãe da vítima, um acordo poderá ser feito para o retorno do filho de 12 anos à Áustria.
A polícia investiga possiveis agressão por parte de familiares brasileiros. Segundo o advogado do austríaco, Ricardo Zamariola, há suspeitas de que a criança tenha sido espancada e não que tenha levado um tombo como familiares [tia e prima] informaram aos médicos no dia do atendimento no hospital. O irmão dela, R., de 12 anos, também tinha marcas de agressões nos braços, segundo o IML.
As tias, suspeitas de maus tratos às crianças negam as acusações e dizem que Sophie caiu no banheiro.
Disputa judicial
Sasha Zanger, afirma que tenta reaver a guarda dos filhos e levá-los para a Áustria desde que a mãe deixou o país. Maristela Santos foi localizada pelos advogados do austríaco em março de 2008, na casa da irmã que é suspeita de agredir a menina. Em fevereiro de 2009, a tia da vítima conseguiu na Justiça a guarda das crianças.
Com a mãe desaparecida e as suspeitas de que a menina estava sendo agredida pela tia e por uma prima de 21 anos, a Justiça transferiu a guarda das crianças para a mãe adotiva de Maristela dos Santos, Anayá Rocha.
Falsa acusação de abuso sexual
Segundo a polícia, a mãe adotiva de Maristela dos Santos, Anayá Rocha afirmou que na chegada da filha ao Brasil, a família e os amigos dificultavam o contato das crianças com o austríaco, porque ele foi acusado pela ex-mulher de abusar sexualmente do filho, o que o pai nega.
"Temos que avaliar bem o caso. O próprio menino acusou ele [Sasha Zanger] de abuso sexual no início das investigações. Agora a criança diz que foi ela quem agrediu a irmã e não a tia e a prima", disse o advogado do austríaco.
Não é muito esclarecer que falsa denúncia de abuso sexual, para afastar pais do convívio dos filhos, tem sido uma constante no judiciário fluminense. Mediante a denúncia o pai é afastado sumariamente do convívio com o filho e em muitos casos é destituído do poder familiar, sem que as acusações restem comprovadas.
A mãe da vitima, Maristela, disse sofrer de problemas mentais, aparentando estar lúcida e disposta a colaborar com as investigações, conforme informou o delegado titular da delegacia de Santa Cruz, Aguinaldo Ribeiro da Silva.
A genitora da vitima admitiu a falsa acusação de abuso sexual para afastar o pai dos filhos.
Sascha Zanger culpa a Justiça brasileira pela morte da filha, uma vez que as crianças foram trazidas para o Brasil sem sua permissão e a justiça não tomou providência para fazer cumprir a convenção de Haia.
No inquérito que apurou a morte de Sophie houve o indiciamento da tia e a prima da vitima Geovana dos Santos, de 42 anos, e a filha dela, Lílian dos Santos, de 21 anos.
A Justiça Federal autorizou que o pai de Sophie, retirasse o corpo da filha do Instituto Médico Legal e realizasse o traslado para a Áustria, onde ocorrerá o funeral.
Uma terceira criança, de 11 anos, também estaria sofrendo maus tratos na casa de Giovana, que já foi pichada com as palavras ‘assassina’ e ‘covardia’. A avó da menina esteve nesta terça na delegacia e disse que ela estaria sob cárcere privado desde os 4 anos. O delegado afirmou desconhecer o caso.
A Folha Online não conseguiu contato com a família acusada de agredir a menina de 4 anos. A reportagem também não teve acesso ao processo sobre o caso, que corre em segredo de Justiça.
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